A nova lista de bilionários da Forbes, tradicional revista de negócios e economia, foi divulgada nesta terça-feira, 27 de fevereiro de 2024. A elite dos donos de fortunas bilionárias inclui 34 representantes de Santa Catarina. Entre eles, estão Alceu Elias Feldmann, que lidera o grupo, e Luciano Hang, famoso empresário da Havan.
Além dos herdeiros da WEG, multinacional brasileira de equipamentos elétricos, essa edição destaca também Ricardo Faria, carioca que se “naturalizou” catarinense. A lista ilustra a diversidade de setores econômicos em que esses bilionários atuam, desde o agronegócio até o setor de eletrônicos.
Quem são os Bilionários Catarinenses?
Curioso para saber quem compõe a lista? Os catarinenses bilionários não se restringem apenas ao estado de origem. Uma grande parte é herdeira da WEG, mas há notáveis exceções. Vamos conhecer mais sobre essas figuras influentes.
Dos 34 bilionários, 29 são herdeiros dos fundadores da WEG. A empresa, sediada em Jaraguá do Sul, foi fundada na década de 1960 por Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. Hoje, os descendentes desses pioneiros figuram entre os mais ricos do estado e do país.
Ricardo Faria: Bilionário ‘Naturalizado’
Ricardo Faria, embora nascido no Rio de Janeiro, cresceu em Santa Catarina e hoje se destaca na lista da Forbes. Presidente e fundador da Granja Faria, ele possui um patrimônio avaliado em R$ 17,45 bilhões. A Granja Faria é a maior produtora de ovos comerciais, ovos férteis e pintos de um dia no Brasil.
Faria mudou-se para o estado ainda criança, quando seu pai, médico, e sua mãe, engenheira, foram trabalhar em Criciúma. Hoje, ele é um exemplo de como a diversificação de setores econômicos pode levar ao sucesso e à fortuna.
De Quais Setores Vêm Esses Bilionários?
A predominância dos descendentes da WEG na lista de bilionários catarinenses é impressionante. A WEG é uma multinacional que possui fábricas em doze países e é uma gigante no ramo de equipamentos elétricos. No entanto, os bilionários catarinenses não estão limitados a este setor.
Dois deles possuem negócios fora de Santa Catarina. Alceu Elias Feldmann, nascido em Pouso Redondo, é fundador da Fertipar, uma empresa de fertilizantes sediada em Curitiba, Paraná. Seu patrimônio é de R$ 18,3 bilhões. Outro exemplo é Itamar Locks, de São Ludgero, CEO do Grupo Amaggi, no Mato Grosso, com um patrimônio de R$ 5,87 bilhões.
Lista Completa dos Bilionários Catarinenses
- 19º – Alceu Elias Feldmann (R$ 18,3 bilhões): Fertipar.
- 28º – Luciano Hang (R$ 12 bilhões): Havan.
- 54º – Anne Werninghaus (R$ 6,96 bilhões): WEG.
- 67º – Itamar Locks (R$ 5,87 bilhões): Amaggi.
- 77º – Dora Voigt de Assis (R$ 5,03 bilhões): WEG.
- 77º – Lívia Voigt (R$ 5,03 bilhões): WEG.
- 80º – Eduardo Voigt Schwartz (R$ 4,96 bilhões): WEG.
- 80º – Mariana Voigt Schwartz Gomes (R$ 4,96 bilhões): WEG.
- 83º – Jorge Luiz Savi de Freitas (R$ 4,46 bilhões): Intelbras.
- 87º – Mariana Werninghaus de Carvalho (R$ 4,04 bilhões): WEG.
O Impacto Econômico dos Bilionários Catarinenses
A influência econômica desses bilionários é gigantesca. Empresas como a WEG e a Havan geram milhares de empregos e contribuem significativamente para o PIB estadual e nacional. O sucesso desses empresários reforça a importância de Santa Catarina no cenário econômico brasileiro.
Além disso, a presença de empreendedores de outros estados que fincaram raízes em Santa Catarina, como Ricardo Faria, demonstra o potencial atrativo do estado para negócios diversos. A diversidade setorial é evidente, com fortunas provenientes desde a indústria de eletrônicos até o agronegócio e a construção civil.
Quem Ficou Fora da Lista Este Ano?
Embora a lista de 2024 tenha crescido em diversidade e tamanho, alguns nomes ficaram de fora. Mauro Fantin, que tinha um patrimônio de R$ 1,1 bilhão em 2023, não figura mais entre os bilionários. Ele foi presidente da Parati Alimentos, hoje parte do grupo Kellogg. Atualmente, sua família administra a empresa Tévere e atua em setores imobiliário e de energia.