Apesar das promessas do governo, a redução esperada na conta de luz ficou aquém das expectativas.
Em abril, o Ministério de Minas e Energia anunciou medidas para reduzir o valor das tarifas, mas, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o impacto foi mínimo, com uma redução de apenas 0,02%.
O governo havia planejado uma queda de 3,5% ao antecipar verbas para pagar empréstimos antigos, mas a economia gerada foi significativamente menor.
Impacto dos Empréstimos na Conta de Luz
Os altos encargos na conta de luz se devem, em parte, a empréstimos contraídos anteriormente, como a “Conta Covid” e a “Conta Escassez Hídrica”.
Essas linhas de crédito, criadas para cobrir custos durante a pandemia e a crise hídrica de 2021, foram financiadas pelos consumidores.
Para aliviar essa carga, o governo liberou recursos para quitar parte desses empréstimos, mas a economia resultante não atingiu o valor esperado.
Consulta Pública para Fiscalizar as Tarifas
Na última terça-feira (29), a diretoria da Aneel abriu uma consulta pública para analisar a regulamentação dos benefícios tarifários. Essa fiscalização inclui a análise das cláusulas contratuais e das metodologias de cálculo.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) busca garantir que os cálculos do benefício sejam claros e justos para os consumidores.
Bandeiras Tarifárias: Conta de Luz Mais Cara
A partir de outubro, foi acionada a bandeira vermelha no patamar 2, a mais cara, devido às condições desfavoráveis de geração de energia.
Esse sistema de bandeiras ajuda os consumidores a entender o impacto do custo de geração na conta de luz, variando de verde (sem custo extra) a vermelha patamar 2, com R$ 7,87 a cada 100 kWh.
A mudança reflete o cenário de alta nos custos de energia, impactando diretamente o orçamento dos consumidores.