O fundo eleitoral se destaca como a principal fonte de financiamento das campanhas à prefeitura de Florianópolis.
Nesta eleição, 96% da arrecadação total dos candidatos vêm dessa verba pública, que foi instituída após a proibição de doações empresariais para campanhas políticas.
O atual cenário reflete a dependência dos candidatos em relação ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), popularmente conhecido como Fundão, para viabilizar suas ações eleitorais.
Os Principais Candidatos e Suas Arrecadações
O atual prefeito Topázio Neto (PSD), que busca a reeleição, lidera a arrecadação de recursos em Florianópolis. Dos R$ 5 milhões arrecadados até agora por sua campanha, R$ 4,85 milhões, ou 95,3%, vêm diretamente do fundo eleitoral.
Logo em seguida, o ex-prefeito Dário Berger (PSDB) aparece com 99,3% de sua arrecadação oriunda do Fundão, totalizando R$ 3,1 milhões.
Ambos os candidatos estão entre os maiores beneficiados pelo financiamento público, demonstrando como o fundo se tornou essencial para suas campanhas.
Outros candidatos, como Pedrão (PP), Lela (PT) e Marquito (PSOL), também dependem fortemente do fundo eleitoral. Pedrão arrecadou R$ 1,53 milhão, sendo 86,8% provenientes do fundo. Já Lela e Marquito contam com 100% de suas receitas de campanha vindas dessa fonte.
O Debate Sobre o Fundo Eleitoral
Desde a sua criação, o fundo eleitoral tem gerado debates intensos. Para muitos, o financiamento público é essencial para garantir a igualdade de condições entre os candidatos e evitar o desequilíbrio causado pelas doações privadas, que beneficiariam apenas uma minoria.
No entanto, críticos questionam o uso exclusivo de dinheiro público para custear campanhas, argumentando que isso sobrecarrega o orçamento do país e pode não refletir as reais necessidades eleitorais.