O Banco do Brasil (BBAS3) tem um retorno esperado de cerca de 20% sobre seu patrimônio em 2025, além de um aumento significativo na participação de mercado. Essas e outras metas foram destacadas durante o Investor Day do banco, gerando expectativas positivas, como apontado por analistas do Morgan Stanley.
Com uma recomendação overweight (peso superior), o Morgan Stanley prevê um preço-alvo de R$ 45,00 para as ações do BBAS3, o que implica um potencial de valorização de 64% em relação ao último fechamento. Vamos explorar os cinco principais pontos levantados pelos analistas sobre o futuro do Banco do Brasil:
Qual a previsão de retorno sobre patrimônio do Banco do Brasil?
Durante o evento, o Banco do Brasil reafirmou suas metas para 2024, ajustadas para o cenário macroeconômico atual. O banco projeta um crescimento de crédito entre 8% e 12%, receitas de tarifas de 4% a 8% e um lucro líquido entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões. O Morgan Stanley apresenta uma previsão intermediária de R$ 38,3 bilhões para o lucro do banco.
1. Expectativas de ROE de 20% em 2025
Para 2025, o Banco do Brasil espera enfrentar um cenário desafiador, com uma desaceleração prevista no crescimento do PIB e taxas de juros elevadas por um período mais longo. Mesmo assim, o banco acredita que as atividades no agronegócio e a demanda robusta por crédito manterão o retorno sobre patrimônio (ROE) em torno de 20%. O portfólio de crédito diversificado é visto como um fator positivo para essa estabilidade, assumindo que não ocorra nenhuma mudança drástica no cenário macroeconômico.
2. Competitividade no mercado de consignados
O Banco do Brasil se destaca no mercado de empréstimos consignados, especialmente no segmento público, devido à sua extensa rede de servidores públicos que recebem seus salários através do banco. O BB detém mais de 20% do mercado de empréstimos consignados e planeja expandir sua presença, focando em segmentos como INSS e empréstimos privados.
Por que a parceria com a Cielo é importante?
A colaboração entre o Banco do Brasil e a Cielo, em linha com o Bradesco, visa menos a lucratividade imediata e mais o fortalecimento das relações com pequenas e médias empresas, além de clientes corporativos. Esse alinhamento estratégico busca oferecer soluções mais robustas às empresas, aumentando assim a fidelização e o engajamento dos clientes.
4. Investimentos em tecnologia e digitalização
Nos últimos três anos, o Banco do Brasil aumentou seus investimentos em tecnologia da informação em 125% e expandiu seu quadro de funcionários na área em 50%. Atualmente, de seus 84,3 milhões de clientes, cerca de 29,2 milhões são ativos em canais digitais. Esses investimentos são vistos como impulsionadores do crescimento e do engajamento dos clientes pelo Morgan Stanley.
5. Importância da presença física
Embora o Banco do Brasil reconheça a importância da digitalização, a rede de agências físicas permanece uma prioridade. O foco está na integração dos canais físicos e digitais, mantendo uma forte rede de agências. Segundo estimativas do BB, mais de 700 mil clientes visitam suas agências diariamente, destacando a relevância do atendimento presencial.