O termo “sangue dourado” refere-se ao tipo sanguíneo mais raro do mundo, caracterizado pela ausência completa de antígenos Rh nos glóbulos vermelhos.
Apenas cerca de 40 pessoas em todo o mundo possuem esse tipo de sangue, o que torna a busca por doadores compatíveis uma tarefa extremamente difícil e crucial.
Segundo a Dra. Maria Cristina Pessoa dos Santos, hemoterapeuta chefe do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, o sangue dourado carece do antígeno RHD, tornando-o teoricamente um doador universal compatível com todos os tipos sanguíneos, desde que respeitado o sistema ABO.
No entanto, sua vida útil reduzida e propensão à anemia exigem cuidados especiais e um estoque estratégico para emergências.
Características e Implicações Clínicas
Esse tipo sanguíneo surge quando ambos os pais possuem a mutação genética que resulta na ausência do antígeno RHD.
No Brasil, registros incluem casos notáveis, como o de duas irmãs residentes em diferentes estados, ambas portadoras desse sangue extremamente raro.
A Dra. Maria Cristina enfatiza a importância do acompanhamento médico rigoroso para indivíduos com sangue dourado, devido ao risco aumentado de anemia.
Ela recomenda o congelamento de hemácias para garantir uma reserva segura em casos de emergência transfusional, destacando a necessidade de cuidados preventivos para preservar a saúde desses portadores de uma singularidade genética tão especial.
O termo “sangue dourado” refere-se apenas à raridade genética do tipo sanguíneo, não tendo qualquer relação com aspectos como sucesso financeiro.
Afinal, não há evidências científicas que relacionem diretamente o tipo sanguíneo, incluindo o sangue dourado, com sorte no dinheiro ou qualquer outra forma de sorte financeira.